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Hasã no mundo dos sonhos


Depois de um longo dia de trabalho, Hasã chegou em sua casa e deitou no seu sofá predileto. Era um homem solitário. Apesar de seus 36 anos, ainda não tinha encontrado alguém que lhe chamasse a atenção amorosamente.

Hasã gostava muito de ler contos e poesias românticas, adorava músicas e teatro. Deitado no sofá, ele colocava seus pensamentos em dia ou, vez ou outra, tentava tirar um cochilo. De repente, começou a chover, e o som da chuva e a brisa refrescante ajudaram Hasã a cair num sono profundo.

Naquele estágio profundo do sono, ele passou a sonhar como nunca havia sonhado antes. Hasã se via naquele sofá, quando foi abduzido por uma luz azul. Assim, ele foi parar num reino que tinha aspectos medievais. Tanto nas construções quando nas vestimentas. Mas, ao contrario do que se imaginava, esse era um reino do futuro. Ali havia certos equipamentos tecnológicos que as pessoas de sua época não poderiam nem sequer imaginar.

Hasã se viu outra vez diante de um enorme castelo. E de lá descia uma princesa com um vestido iluminado. A parte radiante do vestido foi se abrindo, revelando outro vestido tradicional. Depois, a princesa pediu a todos que os deixassem a sós naquele palácio.

Então, a princesa, que se chamava Iara, passou a interrogar Hasã a respeito de tudo em sua vida: seus sonhos, planos, desejos e sentimentos. Hasã e Iara estavam conversando e beliscando alguns petiscos numa enorme mesa. Tudo era novidade para ele. O que não era novidade era apenas o som do piano que ecoava por um grande corredor.

Depois que Iara ficou a par de tudo que Hasã pensava, planejava e sonhava, ela ficou muito mais achegada a ele. E, assim, ela o convidou para passear pelo castelo e depois caminhar entre os grandes becos que entremeavam os jardins.

Em seguida, a princesa Iara mostrou tudo que havia de melhor para Hasã, e ele ficou de queixo caído com tantas maravilhas. Hasã também avistou um lindo rio de águas cristalinas muito bem preservado. Então, convidou Iara para pescar. Ele queria pescar de forma tradicional, já que imaginava que ali havia diversos equipamentos avançado de pesca.  Então Iara sorridentemente lhe disse que eles não usavam nada moderno para fazer suas pescarias e que a forma tradicional era mais divertida.

Desse modo, ambos partiram em direção às nascentes do rio, pescando e se divertindo. E ao aproximarem das nascentes, encontraram lindíssimas cachoeiras. Hasã não perdeu tempo! Logo foi se banhar. Rapidamente Iara foi atrás. No fim da tarde, subiram em uma passarela para observar o pôr do sol.
Depois, voltaram para o castelo e foram jantar. Terminando o jantar, Iara levou Hasã ao teatro e depois a um concerto. No concerto, Hasã ficou impressionado com a variedade de instrumentos. Havia instrumentos musicais de várias gerações.

Em seguida, foram para um salão de baile. Iara pediu uma música especial para os dois dançarem juntinhos. A canção era muito linda, portanto, tocou profundamente o coração de Hasã.

Ao dançarem, ambos passaram a olhar um nos olhos do outro com sentimento. De repente, a princesa o beijou. Enquanto eles se beijavam, Hasã percebeu que Iara estava chorando e, alguns momentos depois, perguntou a razão. Iara respondeu que estava chegando a hora dele partir. Disse-lhe que ficaria sempre à sua espera, porque surgiriam novas oportunidades de Hasã chegar até aquele reino. Ouvindo isso, ele agarrou a cintura da princesa e a beijou ardentemente. Enquanto isso foi chegando uma luz azul e o cobriu. E assim Hasã acordou na manhã seguinte, bem na hora de tomar um banho e sair para seu trabalho rotineiro.
Depois de algum tempo, ele voltou a sonhar com a princesa Iara, visto que não conseguia tirá-la da mente. Só que, dessa vez, não foi para um reino distante. Ele a viu em uma parte desconhecida do seu próprio país. Então, resolveu arriscar, procurando por aquelas regiões vistas em sonhos.

Após semanas de procura, ele chegou ao lugar exato que tinha visto em sonho. Era um lugarejo bem afastado das cidades, porém muito bonito. Ao passar diante de uma árvore, Hasã foi tirar um breve cochilo. Então outra vez, aquela luz azul em seu sonho o levou até uma casinha simples com flores na janela. Quando acordou, ficou com aquela imagem em sua mente.

Hasã percorria todas aquelas vilas tentando avistar uma casa semelhante a do seu sonho. Por fim, ele a encontrou. Era como um retrato daquela casinha vista por ele em um dos seus sonhos. Então, chegou diante daquela simples morada e começou a bater palmas. Depois de alguns minutos, saiu um velhinho para recebê-lo. Rapidamente, Hasã perguntou ao velhinho se ele morava sozinho. O velho então respondeu que morava com sua neta.

Depois ele passou a comentar com Hasã a respeito dela. Disse que era uma jovem solitária e que nunca havia interessado por ninguém, visto que esperava por uma pessoa especial que teria encontrado através dos sonhos. O senhor chegou a comentar que estava preocupado com a sua neta.

Quando a moça chegou foi uma grande surpresa! Ela e Hasã se reconheceram mutuamente. Então, ambos se abraçaram e beijaram como um casal apaixonado que se conhecia há muito tempo; deixando o pobre velhinho sem entender nada.
Depois, Hasã vendeu sua antiga casa e comprou um grande terreno naquela região, onde a natureza ainda era mantida quase intacta. Foi comprando mais e mais terras ali para manter preservado aquele belo local.

Hasã casou-se com a moça que também tinha o mesmo nome da princesa que havia encontrado naquele castelo, em um reino distante. Por fim, eles viveram felizes e realizados naquele lugarejo paradisíaco.
Até hoje, só não entenderam o mistério de seus sonhos… e como eles os aproximaram. Que sejam então apenas mistérios do amor.


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